Alimentos que podem causar alergia no seu cão

Alergênicos alimentares comuns para cães

Os alérgenos mais comuns são ovos, arroz, batata, milho, trigo e soja. Manter seu cachorro bem alimentado e longe desses alergênicos é um trabalho em equipe, que envolve toda a família e pessoas que participam de sua rotina.

Cuidados com os cães: alimentos que podem causar alergia nos cachorros

Assim como os humanos, não é raro cães sofrerem com sintomas inesperados de alergia alimentar e uma variedade de efeitos desagradáveis em seu organismo. Alguns deles, inclusive, podem ter hipersensibilidade aos ingredientes encontrados em alimentos caninos . Nessas horas é importante que veterinários e tutores estejam cientes dos alimentos que tenham esse risco, para ajudar a manter os cães saudáveis e felizes.  

Neste artigo vamos falar sobre os alimentos mais comuns que podem trazer alergia aos cães, seus sintomas, tratamentos recomendados e algumas alternativas alimentares mais saudáveis para sua rotina. 

 

Alergênicos alimentares comuns para cães 

Os alimentos alergênicos mais comuns para cães incluem fontes de proteína, como carne bovina, frango e cordeiro.  

De acordo com um estudo publicado pelo Journal of Small Animal Practice, cerca de 20% dos cães alérgicos a alimentos são sensíveis à carne bovina, enquanto 18% têm problemas com laticínios e 16% não podem comer frango. Outros alérgenos mais comuns são ovos, arroz, batata, milho, trigo e soja. 

Manter seu cachorro bem alimentado e longe desses alergênicos é um trabalho em equipe, que envolve toda a família e pessoas que participam de sua rotina. Mesmo assim vale manter o cuidado com vários outros alimentos que podem prejudicar a saúde do seu amigo peludo. 

 

Como identificar reações alérgicas em cães 

De acordo com uma revisão publicada na revista Veterinary Dermatology, os sintomas podem ocorrer logo após a ingestão do alimento ou se desenvolverem ao longo do tempo, tornando difícil para os donos e veterinário identificar a causa do desconforto de seus animais.  

Entre os principais sintomas que podem surgir como reação, temos: 

  • Problemas de pele, incluindo coceira, erupções cutâneas e urticária; 
  • Problemas digestivos, como vômitos, diarreia e inchaço; 
  • Problemas respiratórios, tosse e respiração ofegante; 
  • Alterações comportamentais, letargia e depressão; 
  • Infecções de ouvido, muitas vezes causadas por fungos secundários ou infecções bacterianas; 
  • Lamber ou mastigar excessivamente as patas ou outras áreas do corpo; 
  • Vermelhidão e inflamação ao redor dos olhos, boca ou ânus; 
  • Queda de pelo ou má qualidade da pelagem. 

 

Tratamento de alergias alimentares em cães 

Se você suspeitar que seu cão tem alergia alimentar, é sempre recomendado consultar um profissional. Um veterinário pode realizar testes de alergia para determinar quais alimentos ou ingredientes específicos estão causando os sintomas. Uma vez identificada a substância alérgena, o melhor a fazer é eliminá-la da dieta do seu cachorro. 

Em alguns casos, o veterinário pode recomendar uma dieta hipoalérgica ou uma nova dieta proteica, que consiste em uma fonte de proteína que seu cão talvez nunca tenha comido antes. Essas dietas podem ajudar a reduzir a probabilidade de uma reação alérgica e também podem conter nutrientes adicionais para apoiar a saúde geral do seu cão. 

Se seu cão estiver apresentando sintomas graves, como anafilaxia, o veterinário pode prescrever medicamentos como anti-histamínicos ou esteroides para ajudar a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. 

 

Dica para manter alimentação saudável para cães com alergias 

É sempre importante ler atentamente os rótulos dos alimentos caninos, principalmente se você já sabe quais são os alérgenos que têm reação no organismo do seu cachorro. Sempre recomendamos ração Optimum para sua alimentação diária e segura. 

Opte sempre por uma alimentação balanceada e recomendada por veterinários e especialistas nesse tipo de situação.

 

Como saber se o cachorro está com alergia alimentar?

Os sintomas mais frequentes entre os cães que desenvolvem alergia alimentar são vômitos, diarreias, perda de peso, sinais neurológicos e alergias na pele, como vermelhidão (eritema), coceira (prurido) e áreas sem pelos (alopecia).

Os cães, assim como nós, podem desenvolver algumas reações adversas decorrentes da alimentação, e identificar a causa é essencial para uma saúde e nutrição adequada.

As reações adversas de origem alimentar são um grande desafio para o médico-veterinário clínico, uma vez que os sintomas podem ser parecidos com outras doenças, como verminoses intestinais ou na pele, como as sarnas, problemas gastrointestinais de origem viral ou bacteriana, problemas de pele de origem bacteriana ou fúngica, dentre outras causas. Por isso, a ida ao profissional é essencial, para que sejam realizados exames parasitológicos, histopatológicos, coproparasitológicos, sorológicos e de sangue, e que o diagnóstico da alergia alimentar seja feito após a exclusão dos demais diagnósticos diferenciais.

Essas reações adversas podem ser de origem não imunológica, como intolerância alimentar e aversão à comida, e de origem imunológica, como a alergia alimentar que resulta em reações de hipersensibilidade imediata ou tardia.

Alguns alimentos possuem maior potencial alérgico como, por exemplo, algumas fontes de proteínas, palatabilizantes e conservantes. Vale ressaltar que esses ingredientes são inofensivos na dieta dos pets, porém alguns cães podem vir a desenvolver alergia alimentar e começar a apresentar sinais clínicos, como distúrbios gastrointestinais e problemas de pele (dermatopatias).

Os sintomas mais frequentes entre os cães que desenvolvem alergia alimentar são vômitos, diarreias, perda de peso, sinais neurológicos e alergias na pele, como vermelhidão (eritema), coceira (prurido) e áreas sem pelos (alopecia). Esses sinais incomodam e interferem na qualidade de vida dos cães, pois muitos apresentam tanta coceira que podem até deixar de se alimentar ou dormir.

Como dito anteriormente, o diagnóstico das alergias alimentares envolve vários exames, além de uma investigação detalhada com o tutor (anamnese), pois é importante que todos os fatores que possam desencadear esses sintomas sejam excluídos. O padrão ouro para diagnosticar a alergia alimentar é a mudança na dieta do cão.

Com a orientação de um médico-veterinário ou zootecnista especializado em nutrição de cães e gatos, é estabelecido um cardápio diferente do qual o animal consome. Se o tutor opta por oferecer uma alimentação convencional (ração), pode-se mudar para uma ração coadjuvante que terá outras fontes de proteínas e composição diferentes do alimento inicial para, assim, ir acompanhando se haverá redução ou desaparecimento dos sinais clínicos. Já para aqueles tutores que optam por oferecer uma dieta caseira, é possível realizar uma dieta de exclusão, selecionando ingredientes que o animal não tenha tido contato anteriormente, como proteínas inéditas e carboidratos. É importante ressaltar que a dieta de exclusão deve ser oferecida por pouco tempo, até se encontrar ingredientes que não desencadeiam a reação alérgica. Após isso, a dieta caseira oferecida deve ser completa e balanceada.

É importante que os cães que apresentam alergia alimentar e estejam com uma nova dieta ou passando por uma dieta de exclusão não tenham sua dieta quebrada por um alimento que possa desencadear novas reações, como petiscos artificiais e naturais. A disciplina do tutor e das outras pessoas que convivem com o cão é de extrema importância para que o ingrediente alergênico seja identificado.

Dessa forma, para saber se um cão está com alergia alimentar, é preciso somar os sinais clínicos, conhecer o histórico, realizar uma anamnese completa da alimentação desse pet e excluir todos os outros possíveis diagnósticos diferenciais. Assim, a dieta do cão trará benefícios e será adequada, como deve ser.

De maneira geral, a alergia em cachorro pode ser causada por fatores que vão desde a picada de ectoparasitas, como pulgas, até reações exageradas do organismo a determinado ingrediente de uma ração. Porém, não é fácil saber o motivo sem ir ao médico-veterinário.

Conheça as causas e os tratamentos de alergia em cachorro

Assim como nós, os cães também podem sentir coceiras de vez em quando, sem isso estar associado a algum problema de saúde. Incômodos temporários e tédio são alguns dos motivos que podem levar à coceira. Por outro lado, quando o “coça-coça” se torna mais intenso, é bom investigar! Pode se tratar de alergia em cachorro.

Que tal conhecer um pouco mais sobre a alergia canina? A seguir, trouxemos algumas informações importantes para te ajudar a cuidar do seu amiguinho peludo. Confira!

 

Afinal, o que caracteriza a alergia?

A alergia pode ser definida como uma reação exacerbada do organismo do seu pet a uma substância chamada de alérgenos. É importante destacar que cada cachorro com alergia reage de uma maneira a diferentes substâncias. 

Em outras palavras, o que provoca alergia em cachorro não necessariamente terá o mesmo efeito em outro. Tudo vai depender da maneira como o sistema imunológico de cada um interpreta a presença de determinada substância. 

Assim, caso a substância seja reconhecida como invasora, o pet poderá apresentar uma reação alérgica. Isso quer dizer desde uma coceira excessiva até grandes manchas vermelhas na pele.

 

O que pode ter causado a alergia no meu cão ?

Conforme falamos acima, a reação alérgica depende da resposta imunológica de cada animalzinho. Alguns cachorros podem apresentar alergia aos componentes de medicamentos, enquanto outros conseguem processá-los sem problemas. 

É importante dizer que alguns tipos de alergia canina são bastante comuns na rotina veterinária. Entre eles, podemos destacar a alergia alimentar, a atopia e a dermatite alérgica por picada de pulga. Abaixo, explicamos melhor cada uma delas.

 

Diferenças entre alergia alimentar e dermatite alérgica por picada de pulga (DAPP)

Uma coisa é fato: picadas de pulga são sempre incômodas para o pet. Afinal, elas liberam substâncias que estimulam a produção de histamina pelo organismo dos cachorros. Essa é uma amina associada ao combate de inflamações, provocando reações como coceiras e coriza — no caso de acometer as vias aéreas.

dermatite canina alérgica por picada de pulga ocorre quando há uma hipersensibilidade do organismo do amigo de quatro patas à saliva da pulga. Entre os sintomas de alergia em cachorro causada por parasitas, estão:

  • prurido (coceira), principalmente nas regiões lombar e abdominal;
  • queda localizada de pelos;
  • lesões bacterianas secundárias;
  • descamação das áreas afetadas;
  • presença de ectoparasitas.

De acordo com a Dra. Luma Castro, médica-veterinária da Petz, o diagnóstico consiste em diferenciar a DAPP de outra dermatite canina. Para isso, além do exame clínico, o veterinário fará uma anamnese (entrevista) com o tutor, a fim de conhecer melhor o histórico do pet.

 

Uma vez confirmada essa alergia na pele de cachorro, o tratamento envolve o uso de antipulgas, assim como a limpeza total do ambiente para evitar novas infestações. “Em caso de lesões secundárias, o uso de antibióticos e antialérgicos também pode ser associado ao tratamento”, diz a veterinária. 

 

Diferenças entre alergia alimentar e Atopia ou dermatite atópica

Um tanto misteriosa, a atopia é caracterizada por uma reação alérgica pruriginosa a alérgenos presentes no meio ambiente, como ácaros, pólen, bolores, poeira, substâncias inorgânicas, entre outros. Porém, o que faz com que alguns indivíduos tenham essa reação e outros não?

Conforme explica a Dra. Luma, embora não se saiba exatamente quais são os alérgenos responsáveis por desencadear a dermatite atópica em cachorro, cientistas acreditam que o principal fator desencadeador da doença é genético. Os principais sintomas da atopia são:

  • prurido (coceira);
  • lambedura excessiva em partes do corpo, como patas e abdômen;
  • evolução do quadro para lesões bacterianas ou fúngicas;
  • otites recorrentes.

Como você deve ter notado, os sintomas da atopia são muito semelhantes aos de outros tipos de alergia de cachorro, como a DAPP. Por isso, em geral, o diagnóstico é feito por meio da exclusão de outros tipos de dermatite alérgica.

Para isso, o veterinário poderá solicitar exames de raspagem e cultura. “A partir do momento em que o diagnóstico de atopia é realizado, é possível recorrer a testes intradérmicos a fim de detectar quais são os alérgenos para aquele paciente”, esclarece a médica-veterinária. 

Embora não exista cura para a atopia, é possível melhorar a qualidade de vida do pet adotando alguns cuidados, como limpeza do ambiente e dos acessórios do amigo peludo, além do uso pontual de fármacos anti-histamínicos prescritos por um veterinário. 

 

Alergia ou dermatite alimentar

Outra situação muito frequente é a dermatite alimentar causada por algum alimento que o pet comeu. Nesse sentido, alguns dos principais alérgenos alimentares são as proteínas de origem animal, como a carne de boi ou frango. 

Os sintomas desse tipo de alergia em cachorro são muito semelhantes aos dos demais tipos de alergia listados nesta matéria, com acréscimo de desarranjo intestinal:

  • prurido (coceira);
  • manchas avermelhadas na pele;
  • lesões bacterianas;
  • diarreia crônica.

Confirmado o diagnóstico de cachorro com alergia alimentar, o tratamento depende principalmente de uma mudança na dieta do pet. Atualmente, existem rações medicamentosas hipoalérgicas feitas com proteínas hidrolisadas de soja ou cordeiro, ambas conhecidas por gerarem menos reações alérgicas. 

Outra opção para evitar a alergia em cachorro causada pela ração é recorrer à alimentação caseira. Seja como for, converse com um veterinário sobre a melhor maneira de garantir uma dieta adequada ao seu amigo. 

A alergia alimentar em cães é um problema comum que pode representar um grande desafio na clínica de pequenos animais; conheça os principais pontos e saiba como tratar o paciente

Doenças alérgicas de pele e subsequentes infecções secundárias podem representar um tormento para os animais de estimação. Os pets podem ser alérgicos a picadas de insetos, partículas transportadas pelo ar (como bolores, pólens e partes de ácaros) ou alimentos, tema central deste artigo.

A reação alimentar adversa é uma resposta anormal do organismo aos aditivos alimentares ou alimentos ingeridos pelo animal, podendo incluir manifestações clínicas dermatológicas, digestivas, neurológicas e comportamentais.

Essas reações podem ser classificadas dois grupos.

  • reações imunológicas: caracterizadas pela dermatite trofoalérgica, alergia alimentar ou hipersensibilidade alimentar;
  • reações não-imunológicas: caracterizadas pelas intolerâncias alimentares, que envolvem idiossincrasia alimentar, intoxicação alimentar, anafilaxia alimentar e reação farmacológica e metabólica ao alimento.

O surgimento das alergias alimentares depende de diversos fatores, como hereditariedade e muitos outros. Os sinais clínicos gerados por essas reações adversas ao alimento podem ser semelhantes a outros problemas de saúde, como a dermatite atópica. Além disso, a alergia alimentar em cães pode ocorrer concomitantemente a outro problema no mesmo indivíduo.

As infecções de pele que surgem ao coçar perpetuam o prurido, muito frequente nos casos de alergia alimentar em cães. Também pode haver a presença de extensas regiões alopecias avermelhadas e erupções cutâneas que são muito mais que sinais de desconforto e uma simples dermatopatias.

Neste artigo abordaremos detalhes da alergia alimentar imunomediada, que são as reações adversas que os cães podem apresentar ao ingerir certos ingredientes presentes nos alimentos, detalhes de como fazer a dieta de eliminação para o diagnóstico e como adequar o manejo alimentar para cães acometidos por essa afecção.

 

Explicação clinica sobre alergia alimentar

A fisiopatologia exata da alergia alimentar, a terceira enfermidade dermatológica que mais acomete os cães, atrás apenas da dermatite alérgica à picada de pulgas e da dermatite atópica, ainda não está bem definida.

Não há predisposição genética ou de gênero, porém acredita-se que as raças Boxer, Dachshund e Terrier possam ser mais predispostas ao desenvolvimento das dermatites alimentares. Além disso, há muitos relatos também nas raças Cocker Spaniel, Labrador, Collie, Schnauzer, Shar Pei, Poodle, West Highland White Terrier, Lhasa Apso e Teckel.

Acredita-se que haja o envolvimento das reações de hipersensibilidade dos tipos I, III e IV e que as habituais fontes proteicas com peso molecular entre 18.000 e 70.000 Dalton, como a carne bovina e o frango, além dos carboidratos encontrados na alimentação, sejam potenciais causadores de alergia alimentar do tipo imunomediada.

A alergia alimentar em cães também demora para se desenvolver e dar sinais. A maioria dos animais pode comer alimentos ofensivos por anos e serem assintomáticos.

A demora para o surgimento da manifestação da doença pode ocorrer pois, inicialmente, o alérgenos é processado pelos macrófagos, que por sua vez apresentam os antígenos e os fragmentos de alérgenos aos linfócitos T. A imunidade humoral então é ativada e, em seguida, o IgE específico se une aos mastócitos, provocando a sensibilização dessas células. O alérgenos, então, acessa o organismo do cão por meio da superfície da mucosa intestinal. O alérgenos é reconhecido pela IgE na superfície dos mastócitos, formando um complexo e passando a liberar histamina e outros compostos. Essa liberação resulta em inflamação, prurido e distúrbios gastrointestinais.

 

Tomem cuidado com esses alimentos

Os principais alimentos que causam alergia em cães são as proteínas e os carboidratos como foi dito acima:

  • carne bovina;
  • frango;
  • cordeiro;
  • produtos lácteos;
  • ovos;
  • soja ou glúten (de trigo);
  • arroz, milho e batata, apesar de serem menos comuns;
  • outros.

Os ingredientes que podem causar alergia em cães também podem estar presentes na formulação dos alimentos que possuem qualidade superior, como as rações super premium. Mesmo com esse tipo de alimentação, alguns cães podem apresentar alergia ou algum outro tipo de reação alimentar adversa, sendo recomendada a troca do alimento por dietas à base de proteínas hidrolisadas, como veremos adiante.

 

Como a alergia alimentar se manifesta nos pets?

Cada vez que um cão acometido ingere alimentos contendo potenciais alérgenos, os anticorpos reagem com os antígenos. Logo pode acontecer a manifestação dos sinais clínicos, mas também há casos de animais assintomáticos ou que não apresentam sinais muito evidentes aos olhos dos tutores, como já mencionamos e trazemos mais detalhes a seguir.

O sistema imunológico é responsável por proteger o organismo contra substâncias tóxicas e microrganismos presentes nos alimentos. Porém, o sistema imunológico dos cães com alergia produz anticorpos contra substâncias que normalmente não causariam tais reações adversas, apresentando uma resposta exacerbada a determinado alérgenos alimentar/ingrediente presente na formulação do alimento.

Os cães possuem mecanismos naturais para a prevenção de alergias alimentares, como:

  • durante a digestão, as proteínas são transformadas em fragmentos não antigênicos;
  • o tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal pode suprimir a resposta imunológica à proteína alimentar;
  • a camada mucosa presente na parede intestinal possui função de barreira física, impedindo significativamente a absorção de grandes moléculas.

Porém, poderá haver uma reação alimentar adversa quando há o comprometimento dos mecanismos de defesa naturais, como quando ocorre o aumento da permeabilidade da mucosa e da absorção de macromoléculas ou grandes proteínas, permitindo o acesso desses alérgenos ao organismo do cão. Vale ressaltar que o mesmo ocorre nos gatos com alergia alimentar.

Em uma reação alérgica de causa alimentar, os anticorpos são produzidos contra uma parte específica do alimento ingerido, podendo ser uma proteína ou carboidrato complexo.

Como para o desenvolvimento de alergia é necessária a produção de anticorpos, geralmente as alergias alimentares se manifestam após diversos contatos prévios com o agente alérgico. Sendo assim, o animal pode apresentar uma reação alérgica a um alimento que já tenha sido ingerido outras vezes sem apresentar problemas.

Principais sinais clínicos

As alergias alimentares nos cães podem provocar alterações variadas nos sistemas orgânicos, provocando o surgimento de diversas manifestações clínicas dermatológicas e gastrointestinais crônicas. Porém, os sinais clínicos dermatológicos são vistos com mais frequência.

Os sinais clínicos mais comuns nos casos de dermatite trofoalérgica em cães incluem:

  • prurido intenso, não sazonal, constante, generalizado ou localizado. Geralmente, acomete a região das orelhas, face, patas, áreas axilares ou inguinais, pescoço e períneo;
  • otite recorrente ou externa crônica, ambas podendo ser uni ou bilaterais;
  • infecções de pele bacterianas crônicas;
  • infecções de pele crônicas por leveduras;
  • fístula interdigital ou perianal;
  • dermatite úmida/piotraumática.

As manifestações clínicas gastrointestinais decorrentes de alergias alimentares são menos comuns, mas quando surgem, os cães podem apresentar:

  • êmese;
  • borborigmos intestinais/gases;
  • ruídos estomacais;
  • hiporexia ou anorexia, resultando em perda de peso;
  • dor abdominal intermitente ou desconfortos;
  • presença de melena ou hematoquezia.

Dependendo do caso, o cão pode ter diarreia e alterações comportamentais, como hiperatividade e agressividade. Caso a patologia evolua e se torne crônica, também poderá haver sinais cutâneos como eritema, descamação, hiperpigmentação, liquenificação e alopecia.

 

Diagnóstico de alergia alimentar em cães

O diagnóstico consiste primeiro no descarte de outras suspeitas e no tratamento de doenças sistêmicas ou secundárias, quando identificadas. O exame parasitológico de raspado cutâneo serve como triagem para auxiliar no diagnóstico de infecções parasitárias cutâneas.

Posteriormente, é necessário realizar o teste por exclusão de alimentos, com provocação subsequente, para diagnóstico definitivo da alergia alimentar no cão. Vejamos a seguir como são realizadas essas duas importantes etapas do diagnóstico.

Como realizar a dieta de eliminação para diagnóstico

O melhor e mais preciso método de diagnóstico da alergia alimentar em cães é fornecer ao animal uma dieta hipoalérgica por oito semanas, como ensaio de eliminação. As rações hipoalérgicas para cães utilizam em sua formulação proteínas hidrolisadas, que por por sua vez possuem baixo peso molecular e, portanto, são as opções ideais para a realização desse teste, uma vez que o organismo geralmente não reconhece esse tipo de proteína como um potencial alérgenos.

A cooperação do tutor é crucial para o sucesso dessa etapa. Ele deve ser instruído a oferecer ao animal apenas água e a dieta de eliminação (alimento recomendado pelo Médico-Veterinário) – nenhum outro alimento ou substância aromatizada deve ser oferecido durante o período, mesmo que em pouca quantidade. Durante esse tempo, guloseimas, suplementos vitamínicos com sabor, medicamentos mastigáveis ​​com sabor, suplementos de ácidos graxos e brinquedos para mastigar devem ser eliminados.

O tutor deve ser instruído também a manter um registro diário da dieta e anotar observações relacionadas aos sinais clínicos do animal. Isso vai facilitar a interpretação do Médico-Veterinário no momento do retorno à clínica.

Depois que o cão estiver na dieta por um período adequado de tempo (após 8 semanas) e tiver mostrado alguma resposta positiva, a dieta do animal deve ser trocada novamente para dar início ao teste provocativo.

 

Como realizar a dieta provocativa para diagnóstico

Depois que o pet responde à dieta de eliminação, ele deve ser desafiado com sua dieta anterior para confirmar o diagnóstico de alergia alimentar. Os sinais clínicos geralmente aparecem cerca de duas semanas após a reintrodução da dieta regular do animal. Quando isso ocorrer, o animal deve retornar à consulta e, então, o profissional irá recomendar que o mesmo volte a ser alimentado com a dieta de eliminação novamente, que por sua vez irá trazer resultados positivos, confirmando então o diagnóstico da alergia alimentar no cão.

 

Tratamento para alergia alimentar em cães

Uma vez realizado o teste de eliminação e a exposição provocativa de formas bem-sucedidas, o Médico-Veterinário deve prescrever o alimento hipoalérgico mais indicado ao caso, de acordo com o quadro e a evolução clínica do cão.

O manejo nutricional correto visa a eliminação da exposição aos alérgenos que o cão apresenta sensibilidade, e a dieta prescrita pelo Médico-Veterinário provavelmente será oferecida por toda a vida do pet, visando o fornecimento de nutrição balanceada e completa para manutenção da saúde e bem-estar.

As dietas hidrolisadas possuem ácidos graxos essenciais em suas formulações, auxiliando no fortalecimento do estado natural da pele do cão, reduzindo possíveis irritações cutâneas. Além disso, reduzem a exposição do animal às proteínas possivelmente alergênicas, pois contam com tamanho molecular reduzido de forma significativa para que o sistema imunológico do pet não identifique as proteínas e não desencadeie reações alérgicas.

 

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